terça-feira, 29 de maio de 2012

Uma música triste

Tudo era embalado por uma música triste
E uma letra que ninguém conhece
Duas grandes mentes
Lutando contra a não-razão da vida
Buscando esperança onde não há
Cada dia é um dia para se deixar passar
Ou apenas abraçar
Uma música triste para fazer com que a alma
Pare de sonhar com um novo dia
Alguma coisa que prenda meus pés
E me faça sentir encorajada a falar
O que tem aqui dentro de nós
A triste verdade do destino
Que no fim, todos já esperavam
Menos nós.

terça-feira, 15 de maio de 2012

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Acordei, percebi um braço
Que me prendia como um laço
E o próximo passo
Foi dar um sorriso sem medo
Olhar para a hora e dizer que está cedo
Me abrace e durmamos mais
Por um minuto não tínhamos pais
Era um aglomerado de nada
Uma função void que retorna o não nada
Recursão sem critério de parada
É o que chamam de gambiarra
Agora o programa vai funcionar
Acredite sem debuggar 
Não adianta "printar" mais nada
Agora eu caí da escada
Mas não esqueci do que ouvi
Então vão reclamar da sobrecarga
Agora só tem bebida amarga
Deixa o dinheiro na mesa e não fala
E quem me espera, agora não sabe
Use um tipo que equivale
Para seus amigos digitais
E antes de se achar o Calígula
Não esqueça do ponto e vírgula
Porque eu não ajudo mais



segunda-feira, 14 de maio de 2012

Sem nexo.

E mesmo eu querendo
E lutando contra a sorte
Meu coração sangra do corte
Da labuta de cada dia
Da minha pele que ardia 
Daquele Sol que queimava
Um corria o outro amava
E lá se ia a procissão
Mulheres nos cavalos
Homens no chão
Como um cão
Tanta vida e pouca lembrança
Tantas marcas e ainda são crianças
Que vagam na noite sem pai
A mãe na madrugada se vai
Vender-se a procura de pó
Ele fica no seu canto só
Observando o emaranhado
Quando dá por si, está todo molhado
Da chuva e das lágrimas de Deus
E fugindo da vida e da morte
Novamente olha o corte
A sina que o Pai lhe deu.

Isso vai sem eu dizer.