domingo, 4 de dezembro de 2011

Pedaço


E se pedir para eu olhar as suas costas
Eu vou beija-las ao invés disso
Mesmo  desencadeando uma sucessão de acontecimentos
Que você não vai querer segurar
Até porque ja é um desejo antigo
Essa sucessão de acontecimentos termina com  água caindo sobre nós
enquanto eu estou com o rosto encostado no seu peito
ouvindo o seu coração bater de ansiedade como se fosse saltar do peito
e suas  mãos gemendo de fome de mim
então quando você puder, não segura...
só me segura
(...)
Os seus lábios...
Devem ser quentes
De modo que quando me beije
Esquente tudo por dentro
Até o coração mais gelado e mórbido
Acho que quando te beijam
A poesia vai saindo pelos poros
E você deve fazer as palavras entrarem
E abraçarem as pessoas
Isso é uma das coisas que me faz sentir mais ódio da minha condição
de espectadora dessa mágica toda
dá vontade de pedir que você me esquente
com os seus beijos
nas noite mais fria das nossas vidas
(...)
os seus pensamentos te conformam?
os meus pensamentos me levam para muitos lugares
mas eles terminam em você
porque ter a oportunidade de ser sua nos seus pensamentos
me faz sentir melhor e pior ao mesmo tempo
e mesmo sem estar aí para beijar suas costas e todo o resto
sinta-se completamente meu
(...)
e sentir esse seu desejo
é uma faca de dois gumes
que seu desejo seja tão real ao ponto
de me apertar o coração como agora
aperta
quando mais você deseja mais me sufoca
a dor da impossibilidade desse encontro e dessa cena
(...)
e ao inves de pedir que pare, eu peço
me deseje mais se valer a pena
(...)

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