sábado, 11 de fevereiro de 2012
Apenas estava cansada daquilo todo dia. Acordar e procurar motivos para aquela existência vazia. E fazendo aquela oração mental, vai se arrumando para não chamar atenção e pondo muito pó para esconder as evidências de mais uma noite mal dormida. Simplesmente cansou. Mas o que fazer agora então? Já não tinha a quem pedir ajuda e já era tarde para procurar abrigo. Não havia sequer uma caridosa alma que lhe estendesse a mão. Caminhou pelo cômodo e olhando os poucos móveis da casa e quis desabar sobre si. De dentro quis sair um grito estridente que entraria em todas as casas daquela cidade. Banha-se. Ainda com sono apesar de tudo. Confusa, confusa. Ajeita os cabelos diferente de como ajeitou ontem. Sacode os braços e tenta falar algo. Sussurra para alguém que só ela ver. Cantarola. Sai, fecha a porta e nem olha para trás. Que fiquem por lá os pesadelos e desejos não realizados.
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