Eu pensei que haveria
Sempre o tempo de sonhar
Que cresceríamos e então
Teríamos nosso lugar
Pensei que todo dia
Viveríamos com emoção
Mas o que vejo é um ônibus lotado
E um prato de feijão
Uma história que não se escreve
Uma lágrima a nos afogar
Uma angústia na despedida
Sem sementes pra plantar
E o cada um sabe de si
É o pouco que se quer viver
É o que resta de todo sofrimento
É o horizonte que se vê
Ao invés de um "boa noite"
Tenho um silêncio frio
Um medo de acordar
Que eu mesmo crio
E já que sou isso eu me deixo
Ao desleixo
Eu caio.
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