Era o que mais se ouvia por lá
Era um terra sem fertilidade
Onde as flores foram brotar
E aquilo mais parecia um milagre
Um dia de aceitação
Como se toda seca fosse esquecida
Numa chuva no sertão
Uma terra tão divida
Sem povo para habitar
Mas ouviu-se uma voz tão doce
Que de repente o mundo inteiro trouxe
Um gosto para provar
Mas sem aguado, sem nada
Sem amor e cuidado
Tudo aquilo voltou a secura
Um deserto desabitado
E cada dia que se passa nessa cidade
É um ano de horas que nunca passam
É um oceano queimando a costa
Namorados que nunca se abraçam
A cidade será empoeirada em breve
Esquecida no meio do mapa
Cada sorriso, uma luta
Uma trilha sem pegadas
O que se diz depois de tudo
É que a cidade será derrubada
Está no seu direito, concordo
Depois de tanto saqueada
Haverá um dia de Sol
Uma noite de Sol
Mil verões para nada
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