segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

De sentimentos, amores e destinos



De repente o que eu tinha era uma imagem. Uma reles projeção de velhos sonhos. Eu e a minha mania de completar as lacunas do mistério com bons sentimentos e reclamando depois da resposta. Querendo que  o outro seja mais eu do que ele. Que pudessem cumprir a palavra, apenas isso. Eu e minha mania de ser certa, sempre quebrando a cara pelas esquinas, apanhando na rua e em casa, rasgando o nome pela rua. Mas conhecida como a sonhadora, mais louca que coisa existente. Cada um pro seu lado e uma noite esquisita, onde se sente saudade do que se quer manter longe. Tudo que peço é um abrigo no meio dos sorrisos e abraços. Frases repetidas, músicas e outras coisas tão parecidas, já me saturaram a ponto que eu querer rasga-las em público. Aquela agonia de fim de domingo pesando no peito e poluindo a alma, fechando a porta de casa sem deixar entrar o vento. Cada dia é um novo problemas, uma pergunta aos nossos motivos. Para quê levantar se logo me deito? Cada um com a sua cruz no meio do tempo. Não falando de mim mas da amargura, da tristeza e das outras coisas que ensinam, procuro mais espaço nessa favela de sentimentos, amores e destinos. 

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A cor da...

Outro dia eu acordei como naqueles dias que a gente acorda em paz. Sem despertador, sem ligação no celular, sem ninguém te chamando. São nesses dias que eu acordo e só o silêncio me circunda. Não sentia saudade, nem tristeza, nem abandono. Sentia apenas o lençol me abraçar como se eu fosse ainda um bebê. Como se aqueles acessórios todos para dormir criassem uma proteção contras os maus sonhos e os monstros da noite. Aquele jeito de acordar que a gente nem sofre nem deseja. O Sol foi dando as caras pelas brechas da janela, como se quisesse dourar a minha pele também. A única coisa de que reclamo é a falta do som dos pássaros. Mas surpreendentemente a capital estava em silêncio. Um silêncio delicioso. O meu corpo estava de um modo que refrescava os lençóis de tão agradável que ainda estava. Tinha sido daquelas noites que a gente dorme na posição certa e não sonha. Como se a noite tivesse passado num picar de olhos mas você está descansado. Olhei para o relógio, 06:50h. Se eu me levantasse naquela hora, poderia ir correr, dá uma volta na praia, passear... mas não: eu quis ficar ali entregue ao confortante deleite do quase acordar. E ao invés de sentar na cama, tentar listar os meus compromissos do dia e procurar motivos para levantar, simplesmente revirei e voltei a dormir. Afinal era sábado e eu sou igual adventista do sétimo dia, não faça nada no sábado!

domingo, 15 de janeiro de 2012

Tantas vezes eu quis caminhar só. Dizer que estou pronta para lutar pelas minhas decisões. Mas cada foto me traz um pedaço do que devo esquecer mas não posso. Embora não troquemos mais falsos carinhos e sabendo que és outro diferente daquilo que vi, mas minhas lembranças és o mesmo. O mesmo sorriso, o mesmo afeto, a mesma voz. Como pensar que aquilo foi ruim? Para quê esquecer se foi a primeira vez que tudo fez sentido para mim? O mais difícil é dividir o que você é do que você foi. Porque agora eu consigo ver os defeitos e o quanto eu o fiz perfeito. Se não posso tê-lo, miro as fotos, coloco-as dentro do peito, onde nem o tempo e a saudade conseguirão apagá-las.

Não vá embora...