terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A cor da...

Outro dia eu acordei como naqueles dias que a gente acorda em paz. Sem despertador, sem ligação no celular, sem ninguém te chamando. São nesses dias que eu acordo e só o silêncio me circunda. Não sentia saudade, nem tristeza, nem abandono. Sentia apenas o lençol me abraçar como se eu fosse ainda um bebê. Como se aqueles acessórios todos para dormir criassem uma proteção contras os maus sonhos e os monstros da noite. Aquele jeito de acordar que a gente nem sofre nem deseja. O Sol foi dando as caras pelas brechas da janela, como se quisesse dourar a minha pele também. A única coisa de que reclamo é a falta do som dos pássaros. Mas surpreendentemente a capital estava em silêncio. Um silêncio delicioso. O meu corpo estava de um modo que refrescava os lençóis de tão agradável que ainda estava. Tinha sido daquelas noites que a gente dorme na posição certa e não sonha. Como se a noite tivesse passado num picar de olhos mas você está descansado. Olhei para o relógio, 06:50h. Se eu me levantasse naquela hora, poderia ir correr, dá uma volta na praia, passear... mas não: eu quis ficar ali entregue ao confortante deleite do quase acordar. E ao invés de sentar na cama, tentar listar os meus compromissos do dia e procurar motivos para levantar, simplesmente revirei e voltei a dormir. Afinal era sábado e eu sou igual adventista do sétimo dia, não faça nada no sábado!

Nenhum comentário:

Postar um comentário