
Chorei hoje um choro escondido, perdido na imensidão. Dono de si e de mim. Um choro de saudade, tristeza, um choro chorado com força, mas curto. Aquele choro que tira o peso e nos emagrece. Choro de falta, de arrependimento, de tédio. Queria isolar-me do mais, desse mundo estragado que tenta estragar-me. Um choro ao mesmo tempo pacato, mal chorado. Um choro que sabe porque chora, que sabe porque existe. Um choro tal qual o que eu mereço. Um choro de verdade. Sei da minha incompletude. Sei da melancolia que assola os terrenos do meu coração. Ainda dói tudo que vive. Ainda quero aqui e por que não agora? Choro indignado(...)
Isso é que a vida é: um eterno lamento interrompido pelas boas lembranças que nos fazem chorar de saudade.
(...)
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